A noite embrulhava as horas no silêncio.
Ainda era dia claro nos meus pensamentos.
A máquina pensante resistia ao sono, aos braços de Morfeu.
Tentei ocupá-la com a leveza das orações, acordei amigos e familiares.
Mas, meus pensamentos estavam irredutíveis ao descanso.
Na penumbra do quarto deixo minha alma se olhar no espelho.
É preciso ser forte ao encarar nossa própria alma.
Dores inconfessas, amores segredados, paixões reprimidas, rancores desbotados...
A alma é um manto bordado com histórias da vida.
Um eterno movimento capaz de refazer sonhos e alegrias.
Contemplo meu manto, sinto-me tocado.
Em seguida adormeço nos braços da minha história.
A noite segue seu curso.
Poesias
Sono Perdido
- Detalhes
- Acessos: 348